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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Sérgio Louro

Diabetes - Apps

Não sei que aplicação utilizam, eu pessoalmente gosto muito da Diabetes: M, mas a mesma peca em algumas coisas, nomeadamente não ter a tabela de alimentos do INSA.
Irei tentar, e penso poder garantir, que conseguirei integrar essa tabela na aplicação.

Novidades para breve...

terça-feira, 26 de julho de 2016

Sérgio Louro

Desporto e Diabetes

Iniciei a prática de actividade física com corrida, ou caminhada, quando correr não dava devido à falta de capacidade para tal.
Como realizava a actividade no final da tarde tinha hipoglicemias durante a madrugada, ou seja, no pós treino e quando os músculos recuperam melhor, durante o SONO.
Para cada corrida levava, e continuo a levar, alguns pacotes de açúcar, hidratos de carbono e o medidor.
No início tinha de medir os valores de 30 em 30 minutos pois desciam rapidamente. E se tivesse dado insulina antes , ou seja, com insulina ativa no organismo o descontrolo ainda era maior.
Hoje em dia, já com alguma capacidade, os meus valores estão mais controlados no período pós atividade, assim como durante a mesma.

Em súmula, conselhos, do mais importante para o menos, para os iniciantes:
1) Medir a glicémia antes de iniciar a atividade e não aconselho a começar com menos de 150, há quem considere que deve ser 180. Também não se deve começar com mais de 250.
2) levar açúcar, ou equivalente.
3) levar hidratos rápidos.
4) não iniciar a actividade com insulina rápida ativa, pelo menos até às 3h após a administração. A atividade física deve ser iniciada pelo menos 2 h após a refeição.
5) Hidratação. Beba líquidos durante a atividade, água de preferência .
6) Tenha em atenção os sinais de uma possível hipoglicemia ou hiperglicemia. Em caso de dúvida nada como parar e medir.

No início, principalmente quem esteve muito tempo sedentário, deve ter muita atenção.
Aconselho vivamente a medir-se os valores noturnos.

Se possível em corrida utilizar um medidor de pulsações de modo a ir controlando. Deste modo também se pode avaliar se a atividade foi intensa ou não.

Atividades intensas darão mais gasto de glicose no período pós atividade o que levará a que as glicemias desçam.

Bons treinos :-)
Sérgio Louro
Numa publicação questionei qual dos gráficos preferiam.
Em primeiro lugar devo referir que os dois gráficos são meus, o gráfico 1 de um dos dias em que fiz o jejum glicémico ( explicarei de que se trata e como fazer noutra publicação, mas sucintamente, é um dia sem consumo de hidratos de carbono relevantes), o gráfico 2 é um dia normal em que faço as refeições que faço normalmente, e neste caso específico, em que acertei na contagem dos hidratos de carbono.
A grande questão que se debate nos tempos de hoje é de qual a melhor alimentação, qual a melhor regra, qual a mais saudável. Parece-me que nem é bem mais saudável, mas de qual nos faz menos mal.
E sendo eu diabético tipo 1, ainda há mais fatores a ter em conta, nomeadamente o controlo da glicose.
Vejamos algumas considerações:
De acordo com o IPO de Lisboa(1), o total da energia de que necessitamos deve ser fornecida por: Hidratos de carbono: 50% a 55%; Lípidos: 25% a 30%; Proteínas: 15% a 20%.
Também, de acordo com a DGS – Direção Geral de Saúde (2) - a roda dos alimentos inclui hidratos de carbono, sendo mesmo a parcela dos cereais e derivados aquela que predomina em porções diárias, parcela esta onde se encontram os alimentos com mais hidratos de carbono.
O Conselho Europeu de Informação Alimentar refere que “Consumir uma grande variedade de alimentos ricos em hidratos de carbono é uma das recomendações da alimentação de todos os diabéticos, e a inclusão de alimentos de baixo índice glicémico é benéfico porque ajuda a regular e controlar a glicose no sangue. “ E ainda que: “Devem ser promovidos e reconhecidos os muitos benefícios para a saúde de uma alimentação rica em hidratos de carbono. Os hidratos de carbono são a principal fonte de energia do organismo.“
As novas orientações americanas para a alimentação (3), propõem a ingestão diária de, pelo menos, 130 g de hidratos de carbono.
A IDF-Federação Internacional da Diabetes (4) - apresenta um documento acerca deste debate. Neste documento são apresentadas duas opiniões, uma de quem defende uma alimentação com poucos hidratos de carbono e outra contrária.
Constata-se que, pelo menos no que analisei, ninguém prevê um corte total dos hidratos de carbono, mas antes uma redução, e por redução entenda-se, ingerir poucos – pela minha análise é entre 30 e 100g, ou ingerir a dose que se recomenda-100g ou mais.
Alguns pontos que me parecem importantes a considerar são:
1) Alguns tecidos dependem quase completamente de glicose como fonte de energia: cérebro, sistema nervoso, eritrócitos, testículos, medula renal e tecidos embriónicos. Só o cérebro requer cerca de 120g de glicose por dia, mais de metade de toda a glicose armazenada como glicogénio em músculos e fígado.
2) Quando a concentração de glicose vinda da alimentação diminui, o glicogénio hepático e muscular é degradado para que a glicemia volte a valores normais.
3) Como nem sempre o suprimento do glicogénio desses “reservatórios” é suficiente, os organismos necessitam de um método para sintetizar a glicose, o que é feito pela gliconeogénese.
4) Quando a glicogénese é ativada o fígado liberta glicose. Esta glicose é controlada pela insulina basal e em pequenas doses. A maioria das pessoas não consegue gerir este processo.
No meu caso que pratico desporto torna-se muito complicado, provavelmente impossível, adotar este tipo de alimentação pois a recuperação muscular é feita com base na glicose e se não ingerir carbonos tal não irá acontecer.
Mesmo que não praticasse desporto a um nível intenso, não me vejo a adotar este tipo de alimentação pois dou muita importância aos hidratos de carbono.
Entendo quem adote este tipo de alimentação pois no que se refere ao controlo de glicemia é tudo mais fácil. Estando a insulina lenta bem “calibrada”, a não ingestão, ou a ingestão em cada refeição de uma pequena quantidade de hidratos torna muito mais fácil a sua contagem, permitindo até que não seja utilizada insulina rápida. Como se verifica no meu gráfico 1, em que a insulina que dei neste dia foi apenas a lenta sem necessidade de rápida. E ingeri no máximo 16g de hidratos divididos por umas 8 vezes. Se ingerisse 5g de cada vez e o fizesse 6 vezes (pequeno-almoço, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, lanche antes de deitar) ingeria 30g e não daria insulina rápida, provavelmente teria apenas de elevar a minha insulina lenta em 1 dose para manter os níveis estáveis durante o dia.
Assim sendo eu sou mais GRÁFICO 2. 
Gostaria de ser sempre assim, mas nem sempre acontece, a contagem de hidratos não é um método totalmente exato, pois a maioria das vezes é feita a “olho”, por palpites, e erros acontecem.

Para terminar, faço das palavras da ADA (5) (Associação Diabética Americana), as minhas:
“Então que deves fazer se tiveres diabetes e quiseres comer de modo saudável?
Primeiro, que o que serve pra uma pessoa pode não servir para outra e vice-versa. Podes ter de experimentar um pouco para verificar de que forma os diferentes tipos de alimentação afetam os teus níveis de glucose.”

Nesta pesquisa encontrei ainda um site interessante:
http://www.diabetes.org/mfa-recipes
Sérgio Louro
Qual o gráfico que preferem, o primeiro ou o segundo?
São os dois reais e a razão da questão prende-se com um post que amanhã irei postar.
Um não, dois.

Sérgio Louro

Cortisol



Para nós diabéticos é muito importante, ou melhor, é muito mau.


1º - O que é?
O cortisol é uma hormona diretamente envolvida na resposta ao stress.
Age como um antagonista fisiológico da insulina, por promover a quebra das moléculas de carbohidratos, lipídeos e proteínas, desta maneira mobilizando as reservas energéticas. Isto aumenta a glicemia e a produção de glicogênio pelo fígado.

Daí estar diretamente relacionado com a Diabetes.

2º - Quando é que as glândulas produzem o cortisol?

a) Horário
A concentração de cortisol se altera durante as horas do dia, apresentando seu pico pelas primeiras horas da manhã. Logo ao despertar seus níveis vão declinando progressivamente ao longo do dia, ficando bastante baixos durante a noite.

b) Exercício físico intenso de longa duração (60% a 70% da frequência cardíaca máxima) (+ de 40 minutos)
As concentrações de cortisol também aumentam durante o exercício, de maneira a aumentar o metabolismo proteico, liberando aminoácidos para serem utilizados pelo fígado no processo da gliconeogênese.

c) Stress

a) Ou seja, o fato de termos valores altos de glicemia de manhã pode (repito, PODE) não significar que a dose de insulina basal esteja errada, o que me aconteceu há bem pouco tempo. Deitava-me com os valores normais, menos de 120 e acordava a 200 e tal.
Como verificar então o que se passa?
Ganhar coragem e colocar o despertador de hora a hora durante a madrugada para que verifiquemos o que vai acontecer aos valores noturnos.
Se realmente se tratar do cortisol então há algumas soluções, nomeadamente dormir mais para que o organismo não tenha necessidade de produzir muito cortisol para que nos levantemos e enfrentemos o dia a dia.
Quem pratica musculação sabe bem qual a necessidade de dormir bem e algumas horas. Os nossos músculos recuperam enquanto dormimos.
É também devido a esta secreção que as minhas doses de insulina de manhã são diferentes do restante do dia, havendo uma maior resistência à insulina.

b) Noto isto perfeitamente quando faço trails de 25 km ( 3 a 4 h de corrida a nível intenso), ou como hoje em que pedalei umas boas horas sempre a um nível intenso.
Apesar de considerar que acertei nas doses de insulina, os meus valores de glicemia subiram sempre.
A junção de exercício físico pela manhã mais a libertação de cortisol de manhã, leva-me por exemplo a começar a correr com 140 de glicemia e terminar a 200 e tal , o que não deveria de acontecer. De manhã tenho sempre de dar insulina rápida ou os meus valores sobem.

c) O stress é inimigo de toda a gente, mas de um diabético ainda pior pois não temos um órgão que equilibre o sistema quando o cortisol entra em ação.

Há ainda mais alguns fatores que contribuem para o aumento do cortisol: excesso de cafeína e fome prolongada.

sábado, 23 de julho de 2016

Sérgio Louro

Desporto e Diabetes

Foi em dezembro de 2014 que, numa consulta de oftalmologia de rotina, fui informado que os meus olhos já estavam a começar a ter vestígios de um mau controlo da diabetes.
Tinha nesta altura a H1ac a 7,5 o que nem é nada de mais na lógica de muitos médicos.
O oftalmologista disse que, estando ainda no início, poderia ser reversível controlando-se a diabetes.
Marquei consulta para daí a 4 meses, para se verificar como estaria.
Caiu-me tudo nesta consulta, não tenho assim tantos ano de Diabetes para que tenha já problemas com a visão, e também não considero que ande assim tão descontrolado.
O problema da diabetes é que podemos ter uma H1ac de 7,5 e estar completamente descontrolados.
Como a maior parte dos diabéticos sabe, muitas hipoglicemias fazem com que a h1ac baixe.
E além das hipos, também posso comer 3 pizzas e 3 mousses de chocolate ao almoço, contar devidamente os hidratos de carbono consumidos, e passadas 2 horas estar com 140 a 160 de glicemia (considerado o normal pelos endocrinologistas que me atenderam até hoje)
O problema e que nessas duas horas atingi (pelo menos eu com este valor atingia) 300 e tal de glicemia. Depois ao lanche comia apenas um iogurte de soja (2 hidratos de carbono), ou uma bolachinha de água e sal (2 hidratos de carbono) com uma fatia de fiambre ou de queijo, e assim até ao jantar ficava estável. Ao jantar fazia o mesmo e assim a minha h1ac estava perfeita.
O problema é que estes picos altos e baixos prejudicam o nosso organismo.
Decidi então que teria de mudar algumas coisas que fazia, ou melhor, não fazia.
Primeiro, medir a glicemia mais vezes ao dia pois não o fazia pois é "chato" - tira máquina, põe tira, pica dedo, põe no dedo...
Em segundo, dedicar algum tempo fazer exercício físico, o que ja fazia, pelo menos achava que fazia, pois jogava 2 horas de ténis ao fim de semana.
Comecei então a correr, não foi bem correr, foi mais andar pois os meus batimentos cardíacos, fruto de 18 anos sem fazer desporto (sim sem fazer, pois ténis uma vez por semana não conta, descobri isso entretanto).
Aos poucos fui melhorando a condição física e o número de doses de insulina foi diminuindo, tanto de lenta como de rápida.
Quando comecei estava com 24 doses de lenta e atualmente com 12.
Durante este período aprendi, com muita pesquisa e com algumas experiências algumas coisas.
Entretanto veio a consulta e tudo tinha desaparecido do olho.
E até ao momento não apareceu mais nada.
Desapareceu o problema ficou o GOSTO PELO DESPORTO